sábado, 31 de julho de 2010

É pra comemorar?

Hoje 31/07, faz exatamente um ano que me separei. Parece que tem mais tempo, pois nese tempo, me ocorreram tantas coisas... hoje parei pra pensar nisso, fiz um filme na minha cabeça de tudo o que aconteceu desde que comecei a namorar o Rodrigo.


Essa sou eu, dias antes de conhece-lo, era uma pessoa feliz(?!) Até hoje me questiono sobre essa felicidade. Eu era bem futil nessa época, mas trabalhava tinha um cargo e o salário que queria e muito pouca coisa na cabeça. Estava querendo "descontar" três anos que passei namorando sem sair, e sem grandes aventuras.... então saia todos os dias, bebia bastante, gastava todo meu dinheiro em roupas e saídas. Se tinha bons amigos? Não sei, tinha amigos de balada, pra isso nunca me faltara compania nessa época. Mas, estava realmente longe da família, e quase enlouquecendo papai e mamãe.

Aqui, eu e ele já com uns 2 meses de namoro, estavamos completamente apaixonados, e eu pensando que tinha enfim encontrado meu grande amor... Logo depois viajamos e resolvemos morar juntos, troquei de emprego, e fui viver "um amor e uma cabana". Se eramos felizes? Sim, éramos. Não planejavamos filhos... éramos só nos dois, e a gata Frida, numa casinha bem simples, num lugar simples, não tinhamos luxo, mas também não tinhamos brigas. Faziamos tudo juntos, deitavamos juntos, acordavamos juntos, faziamos as refeições juntos, assistiamos tv abraçados, conversavamos horrores... a sujeira da casa não me aborrecia tanto, limpavamos juntos e na verdade o dia da faxina era mais uma diversão do que um tormento. Inet? quase nem usavamos, e revezavamos o computador, mas esse nem tomava tanto nosso tempo, preferiamos ficar juntos só nos dois. Aos poucos a falta de luxo, e o lugar simples começou a me incomodar... então resolvemos nos mudar.

Então finalmente casamos, numa linda e luxuosa festa, o Rodrigo nunca se importou com isso, há quem diga que eu casei com ele, e não ele comigo, enfim, deixa pra lá. Logo em seguida da festa veio a notícia do bebê, um grande choque, sem nenhuma dúvida. Daí tudo começou a desandar. Ele resolveu largar o emprego, e eu sabia que seria demitida uma vez que etsava grávida e no período de experiência, então, minha mãe me presenteou com um salão pra eu administrar, coisa que nunca aconteceu de fato.. Durante a reforma do local, eu estava de cama por descolamento de placenta, e depois a minha mãe sempre decidiu, e pouco me ouvia... As coisas começaram a se complicar... falta de dinheiro, eu estava muito sensível, e fora o medo de sermos pais tão novos. Ao invés de dividimos nossas aflições, cada um ficou na sua, e gerou um grande buraco entre nós.


Então se passaram as 38 semanas, e veio nossa Duda. Tinhamos ido morar com meus pais, pra economizar,e pra poder ela ajudar nos cuidados com a criança. Foi bom mesmo que ela ajudasse, pois ele não me ajudava...mas já estava trabalhando e as coisas estavam melhorando, tanto que fomos morar sozinhos de novo. Novamente fomos felizes. não faziamos mais tudo juntos, mas estavamos contentes de estarmos sós de novo, e cada um fazia sua parte. As tarefas de casa não me incomodavam mais tanto, fazia com prazer, e quando dava, a gente curtia a casa e a Duda.

Até que meus pais se separaram, e voltamos pra casa onde agora minha mãe estava só. Bem lá foi que a coisa desandou mesmo.Melhor nem entrar em detalhes, Pouco mais de um ano depois disso viemos morar no meu atual apartamento, mas ai já não tinha mais muita salvação não. Tanto que meses depois abrimos o relacionamento.

Sorte minha ou obra do destino a Ana estava no RJ nessa época e no dia seguinte me chamou pra passar o dia com ela em Saquarema. Ainda era dificil pra mim saber como prosseguir nessa jornada, e até hoje as coisas estão se ajeitando e se equilibrando. Durante muito tempo acreditei que não deveria fazer mais nada da minha vida além de cuidar da Duda, e agora estou tentando achar a medida, pra não ficar só pra ela nem só pra mim o meu tempo.

Se é motivo pra comemorar o fim do casamento? não sei. Olhando pelo ponto de vista que nos casamos cheios de sonhos e expectativas, claro que não. MAs, pelo tanto que me aliviei depois que tudo acabou, o tanto que mudei, o tanto que evoluí como pessoa e espiritualmente, e os valores que aprendi e cultivo, é motivo de comemoração sim.
Um único fato me chama atenção: dinheiro traz felicidade?! Quando viviamos uma vida simples e sem luxos, eramos muito mais unidos do que quando viviamos em um bom bairro da cidade e cheios de frescurites. Mas, certa vez "alguém especial" (depois explico melhor quem é esse alguém) me disse: "você nao precisa de alguém que te cubra de jóias, mas alguém que te ame de verdade". Mas, com filho pra criar o tal "um amor e uma cabana" não dá muito certo... enfim, mais uma busca pelo equilíbrio.
Bem, pra comemorar o fato ou não, estou esperando umas visitas agora então preciso ir me arrumar. Amanhã ainda tem zoológico com a pequena. beijos, volto quando der!

8 comentários:

Jeanne Geyer disse...

Paula, fico sempre admirada com a facilidade que tens para escrever.
Colocas com simplicidade e lucidez toda uma história que tiveste.
A vida é assim mesmo, não tem respostas prontas, a gente vai escrevendo nossa vida, e aprendendo as respostas com as experiências boas ou ruins.
Bom domingo, beijos

Anônimo disse...

A vida muda rápido demais às vezes, mas tudo é aprendizado. Pense sempre com sabedoria sobre o que aconteceu e seja muito feliz! Você merece!
Bjos.

Anônimo disse...

É Paula a vida nos prega umas peças que as vezes não entendemos nada...
Mas vc nos transmite alegria... E confie em Deus que ele sempre estara contigo e sua filha...
Bjus

Denise disse...

Entendi um pouquinho mais de vc, conhecendo essa parte da tua história, Paulinha. É uma pena que as histórias de um amor bonito como o de vcs, se interrompam, mas se o que vcs tinham que aprender um como outro, e a Duda pra trazer pra este mundo, e essa missão foi concluída, que bom que ficou esse respeito pelo que vcs viveram - e o maior legado, a princesa de vcs.

Tudo acontece como tem que ser, na hora que tem que ser - e tudo está certo, como diz uma grande (e sábia) amiga minha.
Meu carinho, querida. Um lindo futuro te espera logo ali na frente. Vai ser feliz...outra vez!

Simone Scharamm disse...

Oi, Paulinha,
Essa experiência deixou marcas e trouxe bastante aprendizado pra você. Que bom que veio a Duda! Essa lindinha que te dá tantas alegrias! Acho que você deve comemorar, sim. Tudo o que passamos hoje nos prepara o amanhã.
E o futuro será mais feliz, acredite!
Beijo no seu coração e ótimo domingo!

Tati disse...

Oi Paulinha, eu li seu texto no sábado, mas só agora deu para comentar. Amei ver a forma como refletiu sobre sua vida. É para comemorar sua transformação em borboleta, não o fim de um relacionamento, é para comemorar os frutos desta relação, da qual a Duda é a principal, mas não só!
Você é uma menina linda, por dentro e por fora. E tem ainda muito futuro, que será mais florido, por que você amadureceu e começa a procurar as coisas certas, valiosas, duradouras.
Um grande beijo com muito carinho.

Juliana Nascimento disse...

Oie Paula!
Tudo é aprendizado, basta agente querer aprender com a situações. A vida é essa cosntante mudança mesmo né? Pelo que li, vc está tirando uma lição muito grande de todas essas mudanças que aconteceram.
Com isso tudo vc ganhão um presentão: a Duda!
Boa semana menina!
Bjos,

Dora Regina disse...

Paula, entrou mais um seguidor, creio que seja você, porém não mostra a sua foto.
Não sei o que acontece.
Um abraço!