terça-feira, 3 de agosto de 2010

Semana dos pais


Essa semana é dia dos pais no domingo. Até então estive tão envolvida em poupar a Duda desse dia, que nem olhei pra mim. Mas, igual a minha filha, passarei o dia sem o meu pai. Desde a separação dele e da minha mãe, será a primeira vez que isso acontece.
Já aconteceu em outras datas, no meu niver 2x, no natal, ano novo. Mas, nunca no dia dos pais. As outras datas, passam mais despercebidas, por que são datas que a família toda se reune, então acaba danda uma "disfarçada". Agora o dia dos pais, é uma data minha e dele, né?! Tá certo que eu tenho irmãs, mas deu pra entender a essencia do que eu falei?

Não sei ao certo o que está me doendo mais. Se é passar a data sem ele mesmo, ou o fato do resto da família inteira estar partindo em viagem para lá. Tudo bem, não faria sentido comemorar com qualquer outra pessoa esta data, a não ser que fosse com o próprio pai da Duda, o que não é o caso. Mas, por puro egocentrismo fico dentro de mim revoltada do meu pai poder ganhar abraços da minha prima,tia, avó, e de mim, que salvo toda a minha modéstia me julgo a pessoa mais importante da vida dele, não! Não é ciumes, nem inveja, é revolta mesmo. Raiva por que eu não pude ir, ninguém se ofereceu pra pagar minha passagem, embora eu tenha jogado muitas indiretas sobre a ultima promoção da Gol.
Ainda é muito triste tudo isso pra mim, fui criada sempre em volta da familia, por nada estavamos nos reunindo, e pra mim, é como se estivessem pegando todos os valores que me ensinaram a vida toda e rasgando um por um. Sei que não é por vontade, então fico menos triste... mas, que me dá muitas saudades, ah! Isso dá... Saudades dos churrascos que tinham lá em casa, dos almoços que raramente conseguiam reunir nós 4 a mesa, e riamos e brigavamos bastante.Saudades até do meu pai colocando música alta (e brega) de propósito, de manhã cedo pra me acordar.

Quando meu pai fez sua opção de morar em Brasília eu já sabia que essas separações em datas especiais ocorreriam, mas nunca me doeu tanto como tá doendo agora. Tinha vontade de nem me lembrar dessa bendita data. Mas, meu pai não merece isso. Ele merece meus parabéns, meu telefonema e meu beijo, e nem merece, a menos que leia esse post, saber o quanto estou triste. Não que eu seja lá muito boazinha não, sou bem egoista nesse aspecto, mas, um surto de maturidade me diz que não é justo estragar a felicidade dele, e que sei que ele também vai estar sofrendo. Em outra época eu com certeza falaria muitas bobeiras, pra magoar mesmo, e talvez assim até conseguisse uma passagem, mas não vale a pena, não, e nem seria correto. Me contive apenas mandando uma sms dizendo que sentia por não estar lá com eles.
Quando meus pais se separaram eu sofri muito. A gente pensa que por ser mais velho e entender melhor as coisas o sofrimento é menor. Não é. E machuca mais todo mundo te cobrar ser maduro, e todo mundo te cobrar não sofrer, e te dizer que você está sendo infantil. Sofri não por eles se separarem, isso eu sempre soube que aconteceria um dia, mas sofri pela maneira como as coisas se deram.
Durante muito tempo, me senti responsavel pela separação, meu pai sempre dizia que se separaria no dia que eu não estivesse mais morando com ele. Depois que fui entender que na verdade isso foi até um gesto de amor.

Já deixei bem exposto aqui a minha relação com meu pai, o quanto ele é importante pra mim, o quanto sou loucamente e cegamente apaixonada por ele. Descobrir que meu pai não é super herói foi bem complicado, deixar de ser o bebê dele também. Mas, hoje alem da relação pai e filha, temos uma amizade bem adulta.
Logo que meus pais se separaram, meu pai começou a namorar a atual esposa dele. E logo depois, resolveu ir morar lá com ela. Ele comentou algumas vezes, antes de ir de fato, que iria, tentei impedir usando todas as minhas armas, inclusive chantagem emocional, mas a decisão dele já estava tomada. Quando soube que havia outra mulher, de inicio gostei e tentei ser amiga. Logo, me veio um grande peso, que não poderia ser amiga de alguém que tomaria o lugar da minha mãe. Além disso fui tomada por ciume.
Com o tempo, isso foi passando, e aos poucos vamos construindo uma relação, eu e ela. Hoje em dia gosto mesmo de conversar com ela, gosto de dividir algumas coisas com ela, e acredito que tudo acontece da maneira correta. Se eu fosse tomada pela empolgação inicial, teria forçado uma amizade. As relações que são construidas devagar, diariamente, cada dia dando um passinho, são realmente muito mais sólidas e duradouras. Brinco muito com ela, chamando ela de madrasta, porque no fundo ela não gosta, mas faço com carinho. Já até descobri que dia 04/09 é o dia da madrasta, já disse pra ela que não deixarei passar em branco!


Enfim, mais um poquinho da minha história. Ainda to muito triste por não estar com meu pai, queria realmente poder estar com ele, mas farei do domingo um dia normal. Sem frufrus, salvo a parte da ligação pro meu pai! E a vida continua! E vamos aprendendo a lidar com as situações, mesmo que a saudade seja sempre enorme, e a falta que ele me faz, a presença fisica dele me faz será sempre a mesma....
beijos para todos!

5 comentários:

Anônimo disse...

lindas imagens, queria meu pai aqui.

bjossss...

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chica disse...

Que pena que vais passar longe dele e tu querendo tanto.Já falaste com ele sobre isso? Quem sabe,acho que ele tem uma cara de bonachão, não apareça dele uma passagem surpresa.heim???Tomara!beijos,tudo de bom,chica

chica disse...

Que pena que vais passar longe dele e tu querendo tanto.Já falaste com ele sobre isso? Quem sabe,acho que ele tem uma cara de bonachão, não apareça dele uma passagem surpresa.heim???Tomara!beijos,tudo de bom,chica

Dora Regina disse...

Oi Paula, obrigada pela visita e comentário, sinta-se a vontade para voltar outras vezes.
Ainda não te encontrei nos meus seguidores, já estou te seguindo.
Um abraço!

Mimirabolante disse...

Meu pai morreu há 29 anos atrás.......tbm sinto muitas saudades dele......pelo menos,vc pode telefonar?????Ficar horas ouvindo a voz dele???Se puder....aproveita !!!bjcas e não fica triste não !!!!!